Na manhã desta quinta-feira (11), o mercado futuro do café arábica em Nova York demonstrou uma tendência ascendente, recuperando-se de um dia anterior marcado por ajustes. Analistas consultados pelo Notícias Agrícolas apontam que, apesar da ausência de mudanças nos fundamentos do mercado, a volatilidade continua a ser uma característica marcante, influenciada pelas condições climáticas, níveis de estoque na ICE e incertezas quanto à oferta global do produto.
De acordo com a última análise do Escritório Carvalhaes, as chuvas recentes nas regiões produtoras de café do Brasil são essenciais e muito bem recebidas, embora não possam reverter completamente os danos já causados às safras de 2024 e 2025. "As chuvas que chegaram às regiões produtoras de café do Brasil, são necessárias e muito bem-vindas, mas estragos e perdas para nossas safras 2024 e 2025 já aconteceram. As chuvas, se caírem em boa quantidade, evitarão perdas ainda maiores para nossos cafeicultores", enfatiza o relatório.
Às 09h25 (horário de Brasília), a negociação de março/24 registrou uma alta de 115 pontos, sendo cotada a 182,30 cents/lbp. Maio/24 apresentou valorização de 75 pontos, com cotação de 179,70 cents/lbp. Já julho/24 e setembro/24 tiveram incrementos de 70 pontos, sendo negociados a 179,85 cents/lbp e 180,60 cents/lbp, respectivamente.
No mercado de Londres, o café tipo conilon também apresentou ganhos significativos. A negociação de março/24 alcançou uma alta de US$ 21 por tonelada, com valor de US$ 2971. Maio/24 viu um aumento de US$ 21 por tonelada, atingindo US$ 2865. Julho/24 e setembro/24 também registraram ascensões, com julho sendo cotado a US$ 2783 (alta de US$ 13 por tonelada) e setembro a US$ 2724 (aumento de US$ 5 por tonelada).
Este cenário reflete o delicado equilíbrio entre as condições climáticas adversas, que impactam diretamente a produção, e as dinâmicas econômicas do mercado, que continuam a desafiar os cafeicultores brasileiros e a influenciar os preços globais do café.
