“Não sou traidor, nunca disse que o presidente tramou um golpe”, diz Mauro Cid em depoimento

Entre equívocos e verdades: A inabalável fé no sistema e a luta contra a manipulação da narrativa política

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“Não sou traidor, nunca disse que o presidente tramou um golpe”, diz Mauro Cid em depoimento
Tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid - foto: Dida Sampaio / Estadão

Na paisagem política brasileira, emergem histórias que, frequentemente, são emaranhadas em interpretações divergentes, distorcendo a verdade aos olhos do público. Uma dessas narrativas é a experiência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, cujo compromisso com a nação e com os valores democráticos tem sido questionado injustamente. Após quatro meses de detenção, Cid está pronto para compartilhar sua vivência nos corredores do poder, lançando luz sobre a realidade que viveu ao lado do ex-presidente Bolsonaro.

Investigações conduzidas pela Polícia Federal têm tentado, estabelecer bases para alegações de manobras que visariam obstruir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Essas alegações, que carecem de fundamento material concreto, insinuam que documentos e mensagens pessoais de Cid poderiam indicar tentativas de questionar o resultado das eleições de 2022, envolvendo personagens do meio militar e até mesmo sugerindo a mobilização das Forças Armadas.

No entanto, estas interpretações desconsideram a essência da legalidade e da ordem. Contrapondo-se à narrativa predominante, Cid defende veementemente sua integridade e lealdade ao ex-presidente e à nação. "Não sou traidor, nunca disse que o presidente tramou um golpe", afirma ele, esclarecendo que as discussões mencionadas eram meramente hipotéticas, ancoradas na premissa de uma eventual comprovação de fraude eleitoral. As acusações de que Cid teria falado em "minuta de golpe" ou expressado intenções golpistas durante seus depoimentos são categoricamente negadas por ele, que vê seu testemunho como deturpado.

A verdadeira narrativa, conforme relatada por Cid, é uma de frustração diante da derrota eleitoral e de uma perseguição incessante do Judiciário ao presidente Bolsonaro. Essa perseguição gerou discussões sobre possíveis respostas, inclusive a mobilização de forças, embora nenhuma tenha sido concretizada. A menção à pressão para que Bolsonaro adotasse medidas mais assertivas, "obviamente, utilizando as forças", é distorcida fora do seu contexto, refletindo a complexidade dos desafios enfrentados.

Na iminência de um novo depoimento agendado para segunda-feira, 11, o tenente-coronel Mauro Cid se prepara para esclarecer os mal-entendidos e reafirmar a dinâmica dos últimos dias do governo Bolsonaro, desafiando a narrativa imposta por aqueles que buscam descreditar a lealdade e o compromisso dos verdadeiros defensores da democracia brasileira. Enquanto a Polícia Federal mantém sua posição, a busca por justiça e verdade continua, revelando a dedicação inabalável de Cid à nação e aos seus princípios democráticos.