Os primeiros meses de 2024 têm sido testemunhas de um marco significativo no setor de mandioca no Brasil. Até a semana passada, o esmagamento acumulado de mandioca alcançou impressionantes 387 mil toneladas. Este volume não apenas supera em 26% o registrado no mesmo período de 2023, mas também estabelece um novo recorde desde o início da série histórica do Cepea, em 2006.
Esta elevação notável pode ser atribuída a uma maior disponibilidade de lavouras, incentivando os produtores a capitalizar e/ou adiantar a colheita em comparação com o padrão sazonal observado em anos anteriores. Pesquisadores do Cepea notam um crescente interesse das indústrias pelo processamento da mandioca, o que, por sua vez, reforça o aumento na quantidade ofertada por produtores.
A ascensão não se limita apenas ao esmagamento da mandioca. A produção acumulada de fécula nos primeiros meses de 2024 ultrapassou as 100 mil toneladas, marcando um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Este volume também representa o mais alto registrado desde 2006, evidenciando um período de prosperidade e expansão sem precedentes para o setor.
Tais avanços refletem não somente a capacidade de adaptação e resposta dos produtores diante das oportunidades de mercado, mas também um alinhamento estratégico com as demandas industriais crescentes. O setor de mandioca, essencial para diversas cadeias produtivas, desde a alimentícia até a de bioenergia, demonstra uma vitalidade e potencial de crescimento que prometem continuar moldando sua trajetória no agronegócio brasileiro.
Este período de recordes e realizações sublinha a importância da mandioca como um dos pilares do agronegócio nacional, destacando o papel crucial de pesquisas e análises de mercado na orientação das decisões de produtores e industriais. À medida que 2024 avança, o setor permanece atento às tendências e desafios, preparando-se para sustentar e ampliar estas conquistas no cenário agroindustrial.
