Governo propõe reajuste insuficiente a auditores agropecuários

Entre promessas vazias e realidade: A luta dos auditores fiscais agropecuários contra a desvalorização profissional

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Governo propõe reajuste insuficiente a auditores agropecuários
Divulgação Anff Sindical

Em mais um capítulo da gestão caracterizada por promessas descoladas da realidade econômica e administrativa do país, o governo, sob a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) e seu aliado, Geraldo Alckmin, propôs um reajuste salarial de 23% para os auditores fiscais agropecuários apenas para os anos de 2025 e 2026. A informação, apurada pelo Poder360, vem à tona em meio a negociações tensas entre o Ministério de Gestão e Inovação e a categoria, que se encontrou com representantes do governo nesta quinta-feira (29 de fevereiro de 2024) para discutir a pauta.

Contrapondo-se à generosidade anunciada, os auditores solicitaram um aumento de 3% já para 2024, uma demanda prontamente descartada pelo governo, revelando uma vez mais a sua postura de indiferença e desrespeito para com os profissionais que desempenham um papel crucial na economia agropecuária nacional. A proposta de evolução na carreira, que avançaria de 13 para 20 níveis, parece ser mais uma manobra ilusória, distante das necessidades reais dos auditores.

O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) aguarda, com expectativa reduzida, detalhes sobre a transição, prevendo mais desapontamentos. O presidente do Anffa, Janus Pablo, expressou a esperança de que o Ministério da Gestão e Inovação formalize a proposta, buscando "paridade entre aposentados e ativos", mas o histórico de negociações sugere que pouco deve mudar.

A realidade salarial atual, com um salário inicial aproximado de R$ 15.000, já reflete a desvalorização contínua da categoria, que vê no reajuste proposto um insulto, incapaz de repor as perdas inflacionárias acumuladas durante os anos de gestão esquerdista. A reunião subsequente com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, pouco fez para aliviar as tensões ou oferecer soluções concretas.

Diante da intransigência do governo, auditores e técnicos agropecuários iniciaram, desde 22 de janeiro, uma "operação-padrão", um movimento legítimo de resistência contra a negligência e o desdém com que são tratados. Essa mobilização, apesar das críticas infundadas de setores da mídia, como a TV Globo, que frequentemente se alinha às narrativas governamentais sem questionar suas falhas, busca pressionar por uma reestruturação nas carreiras que reconheça a importância e a complexidade de seu trabalho.

As consequências dessa mobilização são sentidas principalmente no Sul do Brasil, com a retenção de caminhões na fronteira de Foz do Iguaçu (PR), impactando diretamente o fluxo de exportações e importações de produtos essenciais. Contrariando as alegações de paralisação, o Anffa Sindical esclarece que a defesa agropecuária segue ativa, garantindo a segurança alimentar do país.

Este episódio ilustra não apenas a luta dos auditores fiscais agropecuários por reconhecimento e valorização, mas também a profunda desconexão entre o governo de esquerda e as realidades do setor agropecuário. Em meio a discursos vazios e medidas ineficazes, a categoria se destaca como um exemplo de resistência diante da adversidade, reivindicando não apenas um reajuste salarial justo, mas o respeito e a dignidade que sua profissão merece.