O uso de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, no dia 28 de novembro, acendeu um debate sobre privilégios na utilização de bens públicos. Lulinha viajou de Brasília para São Paulo acompanhado por ministros como Fernando Haddad, Simone Tebet e Luciana Santos. Embora o regulamento da FAB permita o preenchimento de assentos vagos por terceiros, a inclusão de civis sem cargos públicos levanta sérias dúvidas sobre o uso responsável dessas aeronaves.
Conforme as normas da FAB, voos são reservados para autoridades de alto escalão, como presidentes de poderes e ministros, mas também podem transportar passageiros em situações justificáveis, como emergências ou razões de segurança. No entanto, o caso de Lulinha não se enquadra em nenhuma dessas circunstâncias excepcionais, gerando questionamentos sobre os critérios utilizados para tais convites e se há favorecimentos implícitos.
Esse episódio reforça a necessidade de maior fiscalização e transparência na gestão de bens públicos. A população, que arca com os custos desses voos, merece explicações sobre o que muitos consideram um uso indevido dos recursos do Estado. O episódio revela uma prática que não pode se perpetuar em um país que almeja ser sério em sua administração pública.