Escritor demitido por zombar de vítima do Hamas participa de mesa sobre liberdade religiosa e estado laico

Sayid Tenório, ex-vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina demitido por zombar de vítima do Hamas, participa de mesa sobre liberdade religiosa após publicar registros do evento nas redes sociais.

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Escritor demitido por zombar de vítima do Hamas participa de mesa sobre liberdade religiosa e estado laico

Demitido por ridicularizar uma jovem sequestrada pelos terroristas do Hamas, Sayid Tenório, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina e escritor, participou de uma mesa redonda sobre "Liberdade Religiosa e Laicidade do Estado", promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) em Brasília (DF) nesta terça-feira (23).

Considerado extremista devido às suas posições pró-terrorismo, Sayid compartilhou sua participação no evento em suas redes sociais.

"Participei da Mesa-Redonda Direitos Humanos, Liberdade Religiosa e Laicidade do Estado, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos, com representantes de diversas religiões no Brasil. A unanimidade presente defendeu uma ação mais efetiva do Estado contra casos de intolerância, discriminação e preconceito, especialmente direcionados às religiões de matriz africana e islâmica, as mais perseguidas pelas ordas bolsonaristas e escondidas nas seitas neopentecostais", escreveu Sayid em uma publicação no Instagram.
Fonte: Reprodução/Instagram

Em outubro do ano passado, Sayid foi demitido da assessoria do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) após a repercussão de um comentário nas redes sociais zombando de uma jovem sequestrada pelos terroristas do Hamas durante a ofensiva contra Israel.

No dia 7 de outubro de 2023, ao comentar a publicação em que o presidente Lula (PT), sem mencionar o Hamas, expressou estar "chocado" com os ataques terroristas a Israel, Sayid classificou a fala do petista como "fajuta" e afirmou que "os palestinos têm o direito de resistir à opressão e ao roubo de terras praticados por Israel há mais de 75 anos".

Em resposta ao comentário do escritor, um perfil da rede social X publicou um vídeo mostrando uma mulher ensanguentada sendo levada como refém por terroristas do Hamas.

No vídeo, a mulher é retirada do porta-malas de um jipe e conduzida pelos cabelos para o banco de trás. A refém tem as mãos amarradas e apresenta manchas de sangue na altura das nádegas. O perfil perguntou ao escritor: "Estuprar civil ajuda no que a Palestina?".

Sayid retrucou: "Isso é marca de merda. Se achou nas calças". O comentário foi apagado tempos depois, mas outro perfil recuperou a publicação salva em um print e questionou o escritor: "Apagou o comentário por quê?".

Um dia antes de fazer o comentário nas redes sociais, Sayid foi recebido pelo ministro de Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, e o presenteou com o seu livro: "Palestina: Do mito da terra prometida à terra da resistência".

O ministro Alexandre Padilha (PT-SP) está entre os petistas que assinaram uma carta pró-Hamas em 2021. Questionado sobre o apoio ao grupo terrorista, Padilha disse que o documento foi assinado em um contexto de pandemia e repudiou os ataques a Israel.