Em impasse com o governo, 3 categorias devem entrar em greve em abril

Se confirmadas as adesões, número de setores do funcionalismo público com alguma paralisação em 2024 chegará a 15

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Em impasse com o governo, 3 categorias devem entrar em greve em abril
Sergio Lima / Poder 360

Abril se anuncia com a previsão de greves em três categorias adicionais do funcionalismo público, podendo elevar o total para 15 setores em mobilização ou parada neste ano. Tal cenário surge em meio a impasses nas conversas sobre ajustes salariais e planos de carreira.

Educadores de instituições federais de ensino, desde a educação básica até o nível tecnológico, preveem parar suas atividades a partir do dia 3 de abril. Em sequência, professores das universidades federais também planejam cruzar os braços no dia 15 do mesmo mês. A iniciativa é sustentada pela Fonasefe, representante das entidades nacionais dos servidores públicos.

A situação dos funcionários dos Correios também merece atenção, com uma assembleia agendada para decidir sobre uma greve geral. Demandas incluem a realização de concursos públicos e melhorias nas condições laborais, além do cumprimento de acordos coletivos previamente estabelecidos, conforme indicação da Fentect.

Paralelamente, o conceito de "operação-padrão" ganha corpo, descrito pelo Fonacate como a adoção de processos burocráticos que retardam ou diminuem a eficácia dos serviços públicos. A medida já envolve 16 categorias em estado de alerta.

Em meio a essas movimentações, uma mobilização ampla está prevista para o dia 17 de abril em Brasília, buscando unificar as demandas em um protesto conjunto.

Notavelmente, enquanto a mobilização ganha força, há entidades que negam estar em greve ou não responderam aos levantamentos feitos. Este panorama sugere um período de intensa negociação pela frente, com a esperança de que diálogos produtivos possam prevenir mais paralisações e fomentar soluções equitativas.

Os setores com previsão de mobilização em abril:

  • funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais – greve a partir de 3 de abril;
  • Professores das universidades federais;
  • Correios – possibilidade de greve.

Os setores já com mobilização:

  • Auditores-Fiscais Federais Agropecuários – operação-padrão;
  • Susep (Superintendência de Seguros Privados) – operação-padrão;
  • Carreira de Analista de Comércio Exterior – paralisações pontuais em 8,12,17 e 18 de abril;
  • Auditores-Fiscais do Trabalho – em mobilização;
  • Carreira de Finanças e Controle (Tesouro Nacional e CGU) – em operação-padrão;
  • Carreira ambiental (ICMBio e Ibama) – paralisação;
  • Abin (Agência Brasileira de Inteligência) – mobilização;
  • CVM (Comissão de Valores Imobiliários) – em operação-padrão;
  • Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino – greve;
  • Banco Central – em operação-padrão;
  • Carreira de Planejamento e Orçamento – em operação-padrão;
  • Peritos Federais Agrários – em mobilização.