As recentes pesquisas de opinião revelam uma desaprovação crescente do governo Lula, com índices de rejeição superando a aprovação. A governança do presidente, marcada por uma retórica de confronto e vingança, enfrenta desafios significativos, evidenciados por derrotas constrangedoras no Congresso, como a derrubada de vetos presidenciais na terça-feira (28). Lula, que tentou manter as “saidinhas” de presos, sofreu um revés que levou José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, a reconhecer a necessidade de mudanças. “Não está bom”, admitiu Guimarães, apontando para pesquisas como a Quaest, que indicam que 55% dos brasileiros acreditam que Lula não merece ser reeleito.
Os veteranos petistas atribuem os fracassos de Lula à falta de assessores competentes e influentes, fazendo com que ele dependa de conselhos de figuras menos qualificadas, como Janja. Além disso, a decisão do Congresso, apoiada pelo STF, de reverter a censura nas redes sociais, sob o pretexto de combater “fake news”, demonstrou a vulnerabilidade do governo. Esse cenário de crise evidencia a necessidade urgente de mudanças na articulação política e no engajamento com setores além do PT, uma estratégia bem-sucedida nos primeiros mandatos de Lula, mas que agora se mostra essencial para a sobrevivência de seu governo.
