Bolsonaro comenta delação de Lessa e critica narrativa da mídia no caso Marielle Franco

Desmascarando narrativas: Ex-presidente confronta acusações e anuncia novas informações

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Bolsonaro comenta delação de Lessa e critica narrativa da mídia no caso Marielle Franco
Reprodução

Em uma recente publicação nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro abordou a delação ainda não homologada do ex-policial militar Ronnie Lessa, relacionada ao caso do assassinato de Marielle Franco. Bolsonaro, em suas declarações, destacou que a delação sinaliza um avanço significativo para o esclarecimento do caso e criticou veementemente a cobertura midiática, sobretudo da TV Globo, acusando-a de propagar uma narrativa falsa e politicamente orientada. “O caso Marielle se aproxima do seu final com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também cessa a narrativa descomunal e proposital criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda”, enfatizou Bolsonaro.

Ele recordou um episódio crucial na cobertura do caso pela TV Globo, ocorrido em 30 de outubro de 2019, quando a emissora noticiou o envolvimento de seu nome no crime. Bolsonaro, que na ocasião estava na Arábia Saudita, reagiu prontamente através de uma transmissão ao vivo, imediatamente após o Jornal Nacional, repudiando as acusações de envolvimento no crime.

Além disso, Bolsonaro anunciou que irá retomar este tema em sua transmissão ao vivo semanal. “No próximo domingo às 19h voltaremos a esse assunto por ocasião de nossa live”, declarou o ex-presidente, indicando que proporcionará mais esclarecimentos e sua perspectiva sobre os recentes desenvolvimentos no caso.

O caso Marielle Franco, que também envolveu o assassinato do motorista Anderson Gomes, teve uma reviravolta notável com a delação premiada de Ronnie Lessa junto à Polícia Federal. Esta delação apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, como o mandante do crime, conforme reportado pelo site The Intercept.

Em 2019, a Procuradoria-Geral da República (PGR), na época sob a gestão de Raquel Dodge, acusou Brazão de interferir nas investigações e de ser o mentor do homicídio de Marielle Franco, além de difundir notícias falsas sobre os responsáveis pelo crime. Essas acusações foram corroboradas pela delação de Ronnie Lessa.

No último dia de seu mandato, Raquel Dodge incriminou Brazão e seus colaboradores por deturparem a investigação. A confirmação da participação de Brazão no crime, através da delação de Lessa, introduz uma nova dimensão ao caso, que durante anos esteve envolto em especulações e teorias que injustamente vinculavam a Família Bolsonaro ao assassinato.

Este desenvolvimento não apenas esclarece aspectos cruciais do caso Marielle Franco, mas também reforça a necessidade de uma cobertura jornalística imparcial e baseada em fatos concretos, livre de tendências políticas e narrativas infundadas.