Arquidiocese de São Paulo aceita denúncia contra padre Júlio Lancellotti

Investigação forense e CPI contra a corrupção das ONGs: O novo capítulo no drama paulistano

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Arquidiocese de São Paulo aceita denúncia contra padre Júlio Lancellotti
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Em um episódio que choca a comunidade cristã e a sociedade conservadora, a Arquidiocese de São Paulo enfrenta um escândalo envolvendo o padre Júlio Lancellotti. Nesta segunda-feira, foi confirmada a autenticidade de um vídeo em que Lancellotti se envolve em atos inapropriados com um menor de idade. A análise foi realizada pelos peritos forenses Reginaldo e Jacqueline Tirotti, culminando em um detalhado relatório de 81 páginas.

Este lamentável incidente levou o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), a organizar um encontro com o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. O objetivo é trazer à luz a denúncia contra Lancellotti, uma figura até então respeitada, mas que agora se encontra no centro de um grave escândalo moral e legal.

Além disso, um vídeo será apresentado em uma sessão exclusiva para os líderes da Câmara Municipal, marcada para terça-feira. Este material é crucial para os esforços dos parlamentares em estabelecer uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o intuito de investigar as atividades de ONGs no centro de São Paulo, incluindo a cracolândia.

A iniciativa para a CPI é liderada pelo vereador Rubinho Nunes, que acusa essas organizações de formar uma "máfia da miséria". Segundo ele, estas ONGs exploram os dependentes químicos, recebendo verbas públicas para atividades questionáveis, incluindo a distribuição de materiais que facilitam o consumo de drogas, sob a disfarçada "política de redução de danos". O requerimento para a CPI já obteve 25 assinaturas, com foco especial no Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e na Craco Resiste, ambas atuando com a população de rua e dependentes químicos.

Rubinho Nunes defende a CPI como uma ferramenta essencial para avaliar a integridade e eficácia dos programas oferecidos por essas ONGs, ressaltando a necessidade de tratamento adequado para os dependentes químicos.

Padre Júlio Lancellotti, ao ser questionado em dezembro, negou ter influência sobre essas entidades e afirmou não ter projetos em conjunto com elas. Sobre a Bompar, esclareceu que ocupava uma posição não remunerada no conselho deliberativo, da qual se afastou há 17 anos.

Este caso, combinando graves acusações contra uma figura pública antes respeitada e a investigação das práticas de organizações sociais, sacode o cenário político e social de São Paulo, com a expectativa de revelações significativas nas próximas semanas.