Aprovada a prorrogação de cotas no cinema nacional: Entre a liberdade de escolha e a guerra cultural

A decisão da câmara e o futuro da produção cinematográfica brasileira sob uma perspectiva conservadora

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Aprovada a prorrogação de cotas no cinema nacional: Entre a liberdade de escolha e a guerra cultural
Reprodução

A Câmara dos Deputados, em uma votação significativa, prorrogou o projeto de lei que estende a cota de telas no cinema nacional por mais uma década. Este movimento, que pode parecer simples à primeira vista, carrega em si implicações profundas para a liberdade de escolha e a cultura brasileira, sob um olhar conservador e cristão.

O conceito de cotas, conforme argumenta o escritor Gustavo Lopes, é intrinsecamente problemático. "É? O conceito de cotas por si só já é uma deturpação, né? A essência dele é completamente enviesada," afirma Lopes. Ele destaca que o sistema de cotas impõe uma obrigação aos cinemas de exibir filmes nacionais, sob pena de multa, o que viola a liberdade de escolha do público.

O primeiro problema, segundo Lopes, é a restrição da liberdade de escolha. "Qual é o problema? E o primeiro deles é tirar a Liberdade de escolha das pessoas. Esse é um primeiro ponto," ressalta ele. Além disso, apesar do crescimento da produção cinematográfica nacional nos últimos anos, inclusive durante o governo Bolsonaro, houve uma diminuição significativa do público. "E, apesar de ter crescido Ao número de produções brasileiras, o público nessas produções diminuiu muito porque, porque a qualidade é muito ruim," adiciona o escritor.

Lopes argumenta que a questão não é técnica, mas sim ideológica. Muitos dos filmes nacionais são vistos como panfletos ideológicos, afastando o público. "É porque eles são panfletos ideológicos e as pessoas não querem assistir," ele explica. Esta situação resulta em uma produção voltada para um nicho específico, ignorando o público geral.

Interessante é a revelação de Lopes sobre sua participação no festival de cinema de Gramado, onde ele discutiu essa problemática com produtores. "E eu coloquei esses números, né? Vocês estão ganhando mais dinheiro para produzir, estão produzindo mais, mas o público não está indo ver o filme, ver os filmes de vocês porque eu não sabia a resposta, mas eu queria entender deles." relata Lopes.

Uma revelação de um dos produtores destaca a indiferença com relação à audiência, evidenciando que as cotas garantem um público forçado, independentemente da qualidade ou apelo dos filmes. "Até que uma confessou, digo, mas a gente não está se importando com audiência. A gente não. Não, não tem problema," menciona o escritor.

Lopes critica a natureza esquerdista da maioria dos filmes produzidos com recursos públicos, principalmente via Lei Rouanet. "90% desses projetos têm um caráter esquerdista," observa ele. Essa tendência, segundo ele, reflete uma tentativa de ocupar espaços culturais e influenciar o imaginário popular.

Finalmente, Lopes lamenta a aprovação da lei e expressa dúvidas sobre uma reversão no Senado. "Duvido que seja revertido, mas nós teremos uma obrigatoriedade nos próximos 10 anos de assistir filmes nacionais," ele conclui, ressaltando a importância de entender a cultura como uma ferramenta política essencial. "A cultura em última análise é a que forma o imaginário das pessoas, a cultura que nos molda a forma que agente se coloca no mundo" finaliza, citando Andrew Breitbart: "A Política é Rio Abaixo da Cultura."

Com as falas Gustavo Lopes, extremamente enriquecidas, destaca não apenas uma questão legislativa, mas uma batalha cultural em andamento, onde a liberdade de escolha e a diversidade de pensamento estão em jogo.