ANTT está barrando caminhões com ajuda humanitária para RS

Fiscalização excessiva questionada enquanto estado enfrenta desastre ambiental sem precedentes

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ANTT está barrando caminhões com ajuda humanitária para RS

Em um ato de solidariedade que transcende barreiras, caminhoneiros armados de boa vontade e carregados de insumos essenciais foram surpreendentemente penalizados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) enquanto tentavam adentrar o Rio Grande do Sul. O estado, assolado pela mais severa tragédia ambiental de sua história, clama por auxílio.

Segundo relato da jornalista Márcia Dantas, do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), esses verdadeiros heróis do asfalto foram interceptados e multados, mesmo carregando medicamentos, alimentos e água potável, itens de necessidade urgente para a população local. A reportagem, meticulosamente preparada, foi ao ar no "Programa Tá na Hora", destacando a crítica situação vivida pelos afetados pelas enchentes.

"Não tem nota fiscal e um dos caminhões está acima do peso, dos quatro que a gente tem", confessou um dos caminhoneiros, enfatizando as razões alegadas pela ANTT para aplicar as sanções. Apesar das multas, que chegam a R$ 200, o espírito de resistência não se abate: "Vamos entrar com um recurso por conta da operação. De qualquer foram fomos multados por conta do excesso do peso", assegurou outro motorista, demonstrando a firmeza e resiliência típicas do povo brasileiro.

Enquanto isso, a secretaria da Casa Civil do Rio Grande do Sul desmente qualquer cobrança de impostos ou obstáculos na entrada de ajuda humanitária no estado, tentando apaziguar a situação. No entanto, as ações iniciais da fiscalização levantam questões sobre a eficácia das medidas de controle em momentos onde a urgência deveria prevalecer sobre a burocracia.

Essa controvérsia não apenas testa a robustez de nossos sistemas regulatórios em tempos de crise, mas também destaca o abnegado espírito brasileiro, que, mesmo sob as adversidades mais duras, nunca hesita em estender a mão para ajudar o próximo. A nação observa, esperando que a lógica da compaixão prevaleça, permitindo que a ajuda flua livremente para aqueles que mais precisam neste momento de desespero.

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