O STF inicia nesta sexta-feira (9) a análise da suspensão do processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), réu por tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão, que deve ser concluída até 13 de maio, foi marcada pelo ministro Cristiano Zanin, após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicar a aprovação de um projeto que pode beneficiar Ramagem e outros réus, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O projeto, aprovado com 315 votos a favor, prevê a extensão da imunidade parlamentar a todos os envolvidos. No entanto, o relatório do deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) sugere que a ação seja suspensa integralmente, favorecendo um tratamento desigual. Espera-se que o STF se restrinja à suspensão da ação contra Ramagem, excluindo os outros acusados, o que pode ser visto como uma manobra política, mais um episódio de flexibilização da Justiça.
O PSOL já anunciou que recorrerá ao STF, questionando a decisão. A postura do Supremo, ao agir apenas quando formalmente provocado, reforça sua postura omissa, o que coloca em dúvida a imparcialidade da Corte ao lidar com questões de interesse político.