A imposição do ministro Cristiano Zanin, que condicionou a participação de advogados em sessão do STF à entrega de seus celulares, provocou reação imediata da OAB. O presidente da entidade, Beto Simonetti, orientou que a classe recuse a medida e denuncie qualquer tentativa de coação: "A medida não encontra respaldo legal e fere prerrogativas profissionais asseguradas pelo Estatuto da Advocacia".
A exigência foi aplicada durante julgamento de acusados pela suposta tentativa de golpe. Para a OAB, a prática afronta garantias constitucionais e abre precedente perigoso. Simonetti foi categórico: "A defesa das prerrogativas não comporta relativizações". Um ofício foi enviado ao gabinete de Zanin cobrando o fim imediato da prática.
O silêncio do STF diante da cobrança pública foi interpretado como sinal de desdém. A entidade teme que o Supremo esteja testando limites, e já deixou claro que não aceitará retrocessos disfarçados de segurança institucional.
