O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi o único da bancada petista a assinar o requerimento para criação da CPMI que pretende investigar fraudes no INSS. Os descontos indevidos em nome de “mensalidades associativas” atingiram milhões de aposentados e pensionistas, com prejuízo superior a R$ 3,5 bilhões, segundo a Polícia Federal. Em entrevista, Contarato admitiu que o governo federal tenta evitar a apuração no Congresso.
A bancada do PT, em reunião interna, decidiu não apoiar o pedido de CPI, alegando que o caso já está sob análise de órgãos como o Ministério da Previdência, a CGU e o TCU. Mesmo assim, Contarato sustentou sua posição: “Eu tenho a minha consciência tranquila. O partido me dá autonomia para que eu possa me manifestar.”
A criação da comissão ainda depende do apoio mínimo de 171 deputados e 27 senadores. Nos bastidores, parlamentares ligados ao Planalto articulam para barrar a instalação, temendo desgastes em ano pré-eleitoral.
