A possível aplicação da Lei Magnitsky pelo governo dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, provocou alerta em Brasília. Embora o Brasil não esteja sujeito às sanções, os efeitos diretos sobre Moraes seriam severos. A legislação americana permite bloqueio de bens, suspensão de vistos e, sobretudo, o banimento de serviços digitais e financeiros, afetando qualquer autoridade estrangeira acusada de violar direitos humanos.
Se sancionado, Moraes pode perder acesso a plataformas como Gmail, YouTube, Google Drive e Google Pay, além de enfrentar bloqueios em serviços de empresas como Apple, Microsoft e Meta. Especialistas falam em "pena de morte digital", já que os EUA detêm controle sobre a infraestrutura global da internet e dos sistemas de pagamento. O Google, por exemplo, teria obrigação legal de cortar vínculos com o ministro.
Nos bastidores, a articulação parte de aliados de Jair Bolsonaro, com Eduardo Bolsonaro em missão nos EUA desde março. O deputado busca apoio entre congressistas republicanos, como o senador Marco Rubio, que declarou estar em análise um pacote de sanções. Moraes, por ora, mantém silêncio institucional.