A recente fotografia do papa Leão XIV com uma cerveja na mão, durante sua visita ao Brasil, reacendeu o debate sobre o consumo de álcool na Igreja Católica. Porém, especialistas explicam que não há nada de errado nesse comportamento, pois a Igreja sempre promoveu a moderação e o controle no consumo de bebidas alcoólicas, sem qualquer proibição formal. O apóstolo Paulo, em suas cartas, já enfatizava a importância da moderação, e a Igreja sempre seguiu esse princípio, respeitando a individualidade e as escolhas pessoais de seus fiéis.
De acordo com o especialista em Vaticano Raylson Araújo, o consumo moderado de cerveja está dentro das tradições católicas. Monastérios medievais, por exemplo, fabricavam cerveja, e a Igreja tem uma relação histórica com a bebida. "A Igreja não considera pecado beber moderadamente. O foco é evitar a embriaguez", afirma Araújo. Ele também lembra que, no passado, existia até um "Ritual de Bençãos", que incluía a bênção da cerveja, revelando a aceitação da bebida dentro do contexto religioso.
Essa abordagem reflete a realidade de muitos países latino-americanos, onde o clero se mistura com o povo, sem formalidades excessivas. Clérigos como Leão XIV e Bento XVI, ao serem fotografados com uma cerveja nas mãos, não violam os preceitos da Igreja, mas mostram um aspecto humano e acessível do papado. A Igreja, em sua essência, preza pela convivência e a comunhão entre todos, celebrando a vida sem dogmas rígidos.