Moratória da Soja reacende debate sobre soberania e economia no Senado

Aprosoja denuncia prejuízos a produtores legais, enquanto entidades defendem medidas ambientais mais rígidas

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Moratória da Soja reacende debate sobre soberania e economia no Senado
Reprodução

Durante audiência pública no Senado, realizada nesta quarta-feira (23), a Aprosoja MT e a Aprosoja Brasil apontaram os impactos econômicos e sociais da Moratória da Soja, acordo que restringe a compra de grãos oriundos de áreas desmatadas após 2008, ainda que de forma legal. Para o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, trata-se de um acordo "ultrapassado e injusto", que limita a livre iniciativa e coloca produtores regulares em desvantagem.

Beber defendeu que a legislação ambiental brasileira já é uma das mais rigorosas do mundo e criticou o que considera imposições externas que ferem a soberania nacional. “A Moratória foi criada antes do novo Código Florestal. Hoje, há milhões de brasileiros na Amazônia que dependem da produção legal para sobreviver”, afirmou. Segundo ele, a medida prejudica a economia de pequenos municípios e compromete a geração de renda no campo.

Do outro lado, defensores da moratória argumentam que ela garante acesso a mercados internacionais exigentes e ajuda a preservar o bioma amazônico. O tema divide opiniões, principalmente após a decisão do STF que suspendeu uma lei de Mato Grosso que retirava incentivos fiscais de empresas signatárias do acordo. Enquanto produtores pedem liberdade para comercializar o que é produzido legalmente, ambientalistas alertam para riscos de retrocessos nas políticas de conservação.