Alexandre de Moraes suspendeu os decretos de Lula que aumentavam o IOF, bem como a decisão do Congresso que havia barrado a medida.
Manobra interrompe uma derrota iminente do Planalto e impõe uma audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo no dia 15 de julho, em Brasília.
A decisão monocrática ignora a reação legítima do Parlamento e dá sobrevida à estratégia fiscal do governo. Moraes alegou “fortes argumentos” para justificar sua intervenção, repetindo o modelo usado na desoneração da folha. Nos bastidores, a articulação contou com encontros reservados em eventos como o “Gilmarpalooza”.
Enquanto o contribuinte segue no prejuízo, o Supremo volta a intervir no jogo político, impondo uma “harmonia” sob medida para o governo.