O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em até cinco dias sobre o novo recurso apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto, preso desde dezembro. O ex-ministro tenta revogar a prisão preventiva imposta após acusações de tentar interferir nas investigações da Polícia Federal.
Segundo a PF, Braga Netto teria buscado acesso a dados sigilosos da delação de Mauro Cid e articulado versões com outros envolvidos, o que motivou a detenção. A defesa contesta, alegando que a investigação está encerrada, a delação foi tornada pública e que a instrução penal já se encontra em estágio avançado.
O pedido propõe substituir a prisão por medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar. “Manter o Gen. Braga Netto preso preventivamente […] significa permitir que o agravante siga privado de sua liberdade para proteger o avanço de uma investigação já acabada”, diz a defesa.