Alexandre de Moraes, do STF, voltou a agir contra o direito de defesa ao negar, nesta quarta-feira (9), o acesso de Filipe Martins aos dados de geolocalização do próprio celular. Preso por seis meses com base em uma viagem aos EUA que pode nunca ter acontecido, Martins tenta provar que sequer saiu do Brasil em 30 de dezembro de 2022. A negativa impede que a defesa derrube a principal alegação da acusação: sua suposta presença no exterior.
Moraes ainda rejeitou pedidos alternativos, como a apresentação dos dados em plenário e a reabertura do prazo de defesa. Ignorando provas e decisões em solo americano, classificou o pedido como “sem pertinência”, demonstrando mais uma vez desprezo pelas garantias básicas de qualquer cidadão. A estratégia tem sido clara: proteger a acusação a qualquer custo, mesmo quando surgem evidências de erro material.
Nos Estados Unidos, o processo de Martins contra autoridades locais avança com força. A Justiça americana já identificou inconsistências nos registros migratórios e pode encerrar o caso por ausência de provas. No Brasil, porém, Moraes insiste em bloquear a verdade um retrato preocupante de um Judiciário que escolhe a narrativa e descarta os fatos.