Lula insiste em regular redes sociais e cita modelo de controle estatal

Proposta reacende temor de censura e uso político das plataformas digitais no Brasil

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Lula insiste em regular redes sociais e cita modelo de controle estatal
Reprodução YouTube

Durante evento em Mato Grosso, o presidente Lula defendeu que o Congresso regulamente o uso das redes sociais no país. Segundo ele, “não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos”. A declaração surge em meio ao avanço de propostas que, sob o pretexto de combater fake news, podem abrir caminho para censura e restrição da liberdade de expressão.

Lula citou a proibição do uso de celulares por alunos como exemplo de medida que considera necessária diante do “malefício” das redes. “Vi uma menina quase se matar por ataques online”, afirmou. A tentativa de associar tragédias individuais ao uso irrestrito das plataformas preocupa críticos, que veem nisso uma justificativa emocional para impor vigilância generalizada e enfraquecer o debate público.

A fala presidencial reforça a percepção de que há uma intenção velada de controlar o fluxo de informações e limitar o alcance de opiniões divergentes. Para a oposição, a regulamentação proposta é menos sobre proteger crianças e mais sobre conter críticas e consolidar um poder narrativo, nos moldes de regimes autoritários.