Desde o início do atual governo, a primeira-dama Janja da Silva passou mais tempo fora do Brasil do que o próprio presidente. Foram 130 dias no exterior, contra 106 de Lula, em 30 viagens que totalizaram visitas a 35 países. Em diversas ocasiões, ela embarcou sozinha, sem agenda oficial e sem ocupar qualquer cargo público.
Somente em 2025, Janja esteve fora por 27 dias, com viagens à Itália, França, Japão, Vaticano, Rússia e China. Em parte desses deslocamentos, foi designada por Lula para representar o país, apesar de não ter sido eleita para função alguma. Em 2023, acompanhou o presidente em 15 viagens, mesmo sem compromissos próprios.
Questionado sobre os custos dessas agendas, Lula reagiu: “Ela vai estar aonde ela quiser, vai falar o que ela quiser”. A resposta gerou desconforto, especialmente entre contribuintes que cobram responsabilidade com recursos públicos e coerência no papel institucional da esposa do presidente.