O governo federal realizou, em 21 de maio, o leilão de concessão para manejo sustentável de 453 mil hectares da Floresta Nacional do Jatuarana, localizada em Apuí, no sul do Amazonas. A iniciativa, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e o Serviço Florestal Brasileiro, visa arrecadar até R$ 32,6 milhões anuais com a exploração de recursos naturais, como madeira e produtos não madeireiros.
Apesar de o governo afirmar que a concessão busca promover o desenvolvimento sustentável e gerar empregos, críticos apontam que a medida pode comprometer a preservação da biodiversidade e os direitos das comunidades locais. Segundo o site Revista Oeste, há preocupações de que a exploração econômica da floresta favoreça interesses privados em detrimento da conservação ambiental e do bem-estar das populações tradicionais.
O leilão, realizado na sede da B3, em São Paulo, contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e resultou na concessão de quatro lotes a diferentes empresas. O contrato prevê 37 anos de exploração, com obrigações de investimento em proteção florestal e infraestrutura. No entanto, especialistas alertam para os riscos de degradação ambiental e questionam a eficácia da fiscalização e do cumprimento das contrapartidas sociais estabelecidas.