O governo federal confirmou a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), buscando aumentar a arrecadação em meio ao contingenciamento de R$ 31 bilhões no orçamento. O ministro dos Transportes, Renan Filho, justificou a medida dizendo que “vai garantir objetivamente o cumprimento das regras do arcabouço fiscal”. No entanto, o aumento penaliza diretamente consumidores e empresas, elevando custos em operações básicas como crédito e câmbio.
O reajuste, que incide sobre transações financeiras essenciais, representa um ônus extra ao contribuinte e pode frear investimentos e o consumo, justamente num momento de desaceleração econômica. A equipe econômica detalhará a medida em coletiva com os ministros da Fazenda e do Planejamento, mas já se sabe que o aumento do IOF cria um ambiente menos favorável à recuperação financeira.
Ao optar por ampliar impostos em vez de cortar despesas supérfluas, o governo reforça a velha prática de repassar o ônus para a população, que já enfrenta alta inflação e juros elevados. O aumento do IOF, longe de ser solução, pode aprofundar a crise e minar o crescimento.