A ministra Gleisi Hoffmann fez duras críticas à instalação da CPMI do INSS, alegando que a comissão pode atrapalhar investigações da PF e atrasar ressarcimentos. A justificativa, no entanto, soa como estratégia para evitar que os holofotes revelem a omissão da própria gestão. “Pode comprometer o sucesso da investigação policial”, disse Gleisi, ignorando o clamor por transparência.
A fala gerou reação imediata até na base aliada, onde cresce o apoio à CPMI. Parlamentares de partidos com ministérios, União Brasil, PSD, Republicanos, PP e PSB, assinaram o requerimento. O desconforto aumentou quando se soube que apenas um petista, Fabiano Contarato, subscreveu o pedido. O medo do desgaste político parece maior que o compromisso com os aposentados lesados.
A comissão foi proposta por Damares Alves e Coronel Fernanda após revelações de fraudes bilionárias em descontos ilegais. O caso já derrubou Carlos Lupi e expôs a leniência da Previdência. Enquanto Gleisi prega silêncio, a oposição cobra respostas e vê na CPMI o único caminho para responsabilizar os envolvidos — inclusive os protegidos do Planalto.
