A ministra Gleisi Hoffmann (PT) não perdeu a oportunidade de culpar o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela alta consecutiva da taxa de juros, que chegou a 14,75%. Em uma tentativa frustrada de justificar a situação atual, Gleisi afirmou que os juros elevados são um reflexo da "herança maldita" deixada pelo seu antecessor. Ao isentar Gabriel Galípolo, nomeado por Lula, de qualquer responsabilidade, a ministra ignora o fato de que a inflação persistente e a política monetária falha continuam sob a gestão do governo atual.
Embora a ministra critique os juros altos, ela não oferece soluções concretas e se limita a esperar que o Banco Central altere sua postura nas próximas reuniões. Em vez de assumir a responsabilidade pela situação econômica, Gleisi continua a jogar a culpa em figuras passadas, sem apresentar propostas eficazes que possam, de fato, aliviar o impacto da taxa de juros sobre a população.
Além de suas declarações desconectadas da realidade, Gleisi se reuniu com representantes do setor bancário para discutir medidas superficiais, como o crédito consignado. No entanto, as propostas não abordam as causas estruturais da alta dos juros, e a ministra falha em liderar um debate real sobre a política monetária, deixando claro que a responsabilidade pela situação segue sem solução à vista.