Durante audiência no STF, o general Marco Antônio Freire Gomes contrariou o que foi atribuído a ele pela Polícia Federal e negou que o almirante Garnier tivesse colocado a Marinha à disposição de Bolsonaro para qualquer ruptura institucional. “Ele disse apenas que estava com o presidente”, afirmou Freire, desconstruindo a versão anterior sem titubear.
A fala provocou reação imediata de Alexandre de Moraes, que acusou o general de mentir em uma das ocasiões. “Ou o senhor falseou a verdade na polícia ou está falseando aqui”, disparou o ministro, visivelmente incomodado. Freire manteve a calma e foi categórico: “Nunca menti. A interpretação cabe a quem ouviu, não a mim”.
O general também refutou a narrativa de que teria dado voz de prisão a Bolsonaro, atribuída a ele por outro militar. Segundo Freire, tratou-se de uma conversa franca, em que alertou o presidente sobre os riscos jurídicos de ultrapassar os limites da lei. A audiência escancarou as fragilidades de uma acusação que se sustenta mais na narrativa do que em provas.