Um evento realizado na última terça-feira (27) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) gerou controvérsia ao reunir defensores do Hamas e permitir a venda de camisetas do Hezbollah nas dependências da instituição. O encontro, promovido por grupos pró-Palestina, contou com a presença de ativistas, militantes e até uma diplomata do Itamaraty, abordando o conflito no Oriente Médio com tom elogioso aos atentados de 7 de outubro de 2023, em que mais de 1200 israelenses foram mortos.
Durante os discursos, diversos palestrantes exaltaram a luta armada e defenderam abertamente organizações classificadas como terroristas em diversos países. Cartazes e bandeiras com símbolos do Hamas foram exibidos no local, e do lado de fora, camisetas de grupos armados e itens com referências a líderes comunistas estavam à venda. Um representante do PCO chegou a afirmar que “a esquerda tem que fazer uma campanha pública em defesa do Hamas”.
A repercussão do evento gerou desconforto entre estudantes judeus da universidade, que relataram insegurança e episódios crescentes de intolerância. “Hoje, o ambiente é hostil para nós. Esse último evento ultrapassou todos os limites. Temos medo”, afirmou um aluno. Em nota, a UERJ declarou que o conteúdo do evento é de responsabilidade dos organizadores e reforçou sua defesa por soluções pacíficas e diplomáticas.