O governo Lula enfrenta mais um capítulo de desorganização administrativa com o escândalo dos descontos ilegais em aposentadorias do INSS, que somam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Diante da crise, Lula tenta se esquivar da responsabilidade jogando a pressão sobre Carlos Lupi, que agora corre risco de exoneração. A manobra, no entanto, não cola: foi o próprio presidente quem bancou a escolha do ministro.
Sem comando claro, o governo demorou a reagir, agindo apenas após cobranças do TCU e da repercussão negativa. Lula ignorou Lupi e impôs a nomeação do novo presidente do INSS, numa tentativa de conter o desgaste. A ausência de transparência e a falta de rumo só reforçam a fragilidade do Planalto, que insiste em blindar aliados até que o escândalo atinja níveis insustentáveis.
O discurso oficial tenta empurrar a ideia de que a investigação partiu da atual gestão, mas os fatos apontam o contrário: o governo só se move quando pressionado. A crise no INSS expõe o que muitos já viam, um governo perdido, mais preocupado com discurso do que com responsabilidade pública.