Erika Hilton e a falácia da “esquerda burra”

Parlamentar critica a esquerda, mas ignora seus próprios erros e a divisão que fomenta dentro do campo progressista

· 1 minuto de leitura
Erika Hilton e a falácia da “esquerda burra”
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Parlamentar Erika Hilton (FSS) (PSOL-SP) afirmou em entrevista ao Valor Econômico que “a esquerda burra combate pessoas com potencial”. Para ela, a divisão interna no próprio campo ideológico prejudica os avanços e fortalece a falta de união que caracteriza a política atual. No entanto, Hilton parece esquecer que suas próprias declarações e atitudes frequentemente alimentam esse ambiente de divisões e radicalismos que, em última instância, enfraquecem qualquer movimento.

Em suas palavras, ela tenta colocar-se como uma líder de vanguarda ao criticar a política “cafona” e “antiquada”, sugerindo que a política precisa ser mais alinhada à cultura jovem e periférica. Porém, esse discurso superficial e descolado da realidade política não contribui para um diálogo mais amplo, mas apenas serve para reforçar um estilo de política que exclui aqueles que não compartilham de suas ideias radicais. A verdadeira política deve ser inclusiva, mas não deve se render à superficialidade, como Hilton parece sugerir.