Endividamento recorde pressiona contas públicas

Dívida do Brasil ultrapassa R$ 9 trilhões e acende alerta sobre sustentabilidade fiscal

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Endividamento recorde pressiona contas públicas
Foto: Agência Brasil

A dívida bruta do Brasil alcançou R$ 9,032 trilhões em outubro, segundo o Banco Central, atingindo 78,6% do PIB, maior patamar desde 2021. O crescimento acumulado em 2024 foi de 4,22 pontos percentuais, somando R$ 1,807 trilhão desde o início da atual gestão. É o terceiro maior aumento nominal da série histórica, atrás apenas dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer.

Além do salto no estoque da dívida, os gastos com juros também explodiram. Somente em outubro, o setor público desembolsou R$ 111,6 bilhões, um avanço de 80% sobre o mesmo mês do ano anterior. A Selic elevada encarece o custo da dívida e agrava o resultado nominal, que foi negativo em R$ 74,1 bilhões no mês.

Apesar do discurso do Ministério da Fazenda sobre compromisso fiscal, os números revelam outro cenário. A deterioração das contas compromete a capacidade de investimento e mantém o Banco Central sob pressão para segurar os juros. A confiança do mercado, por ora, segue no vermelho.