A fase de depoimentos no Supremo Tribunal Federal sobre a suposta tentativa de golpe atribuída a Jair Bolsonaro revelou inconsistências que preocupam integrantes da Procuradoria-Geral da República. Encerradas na segunda (2), as oitivas mostraram que as versões das testemunhas-chave não sustentaram, com firmeza, as acusações mais graves contra o ex-presidente.
O general Marco Antônio Freire Gomes, citado como um dos pilares da denúncia, afirmou que Bolsonaro apenas apresentou um “estudo jurídico”, sem ordem ou plano de ruptura institucional. “Alertei para os riscos constitucionais”, disse o militar, negando que tenha dado voz de prisão ao então presidente, como sugerido por setores da acusação.
Nos bastidores do STF, a avaliação é de que o conteúdo dos depoimentos esvazia parte da narrativa acusatória. Mesmo assim, Moraes mantém o processo em ritmo acelerado e começará os interrogatórios dos réus na próxima semana, incluindo Mauro Cid e, por fim, o próprio Bolsonaro.
