A estimativa de um superávit de R$ 14,6 bilhões virou déficit de R$ 51,7 bilhões em apenas dois meses, segundo dados divulgados pelos ministérios da Fazenda e Planejamento. O salto negativo nas contas públicas gerou uma resposta imediata do governo, que decidiu elevar o IOF para arrecadar até R$ 18 bilhões, movimento que acendeu o alerta no Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, reagiu: “O Brasil não merece mais impostos”. Deu prazo de dez dias para o governo apresentar reformas estruturais que controlem os gastos. O pacote foi entregue por Haddad em 3 de junho, mas será divulgado apenas após reunião com os líderes partidários, marcada para este domingo, 8.
A decisão sobre votar o projeto que revoga o aumento do IOF deve sair até terça-feira, 10. O governo já admite rever a medida, desde que o Congresso avance com parte das propostas econômicas ainda neste ano. Enquanto isso, a crise fiscal segue no centro das articulações em Brasília.
