CPMI do INSS ganha força, mas Alcolumbre tenta adiar o inevitável

Leitura do requerimento é empurrada para 17 de junho; pressão cresce contra resistência do Congresso

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CPMI do INSS ganha força, mas Alcolumbre tenta adiar o inevitável
 Antônio Cruz/ Agência Brasil

A criação da CPMI que investigará os descontos irregulares em aposentadorias do INSS está marcada para ser lida em sessão do Congresso em 17 de junho, segundo o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O adiamento frustrou parlamentares que pressionavam pela leitura já no fim de maio. A justificativa oficial foi a “falta de consenso” sobre vetos presidenciais pendentes, argumento que soa mais como manobra para evitar o desgaste que a comissão pode causar.

Com apoio robusto de quase 270 parlamentares, a CPMI se impõe como resposta à indignação popular diante do escândalo que envolve entidades sindicais e convênios questionáveis. O Planalto já tentou barrar a iniciativa, mas recuou diante da pressão, inclusive da própria base. "Não devo fazer", disse Alcolumbre, ao se negar a convocar sessão exclusiva para a leitura.

Nos corredores, o movimento de postergação é visto como um esforço para diluir responsabilidades e blindar aliados. Mas o avanço da CPMI é inevitável, e a tentativa de abafamento pode sair caro a quem tenta fugir do confronto com a verdade.