Correios viram alvo do Centrão e peça-chave em nova queda de braço com Lula

Fracasso na reforma ministerial acirra disputa por cargos estratégicos e ameaça permanência do atual presidente da estatal

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Correios viram alvo do Centrão e peça-chave em nova queda de braço com Lula
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A presidência dos Correios entrou no radar de partidos do Centrão, que pressionam o governo Lula por mais espaço após o impasse da prometida reforma ministerial. Sem cargos no primeiro escalão, legendas como União Brasil e MDB agora cobiçam a chefia da estatal, cujo orçamento bilionário e pouca vigilância pública a tornam um prêmio valioso. O atual presidente, Fabiano Silva dos Santos, está com o mandato por expirar e já enfrenta forte desgaste nos bastidores do Planalto.

Apelidado de “churrasqueiro de Lula” por sua ligação pessoal com o presidente, Fabiano é acusado de má gestão: aumento de salário próprio, atrasos no FGTS de funcionários, cortes no plano de saúde e um rombo de R$ 2,6 bilhões no balanço de 2024. A situação forneceu o pretexto ideal para os partidos exigirem mudanças sob o argumento de “profissionalizar” a gestão, um eufemismo político para tomar o controle da estatal.

A movimentação é liderada por figuras influentes como o senador Davi Alcolumbre, que já teria sinalizado interesse direto no cargo. No xadrez de Brasília, os Correios se tornaram a moeda de troca da vez. Lula, encurralado, precisa decidir entre manter um aliado ideológico ou ceder à pressão para preservar a frágil governabilidade que construiu.