O comerciante Paulo Praxedes só fez o que qualquer cidadão de bem faria: defendeu sua vida, sua esposa e seu negócio durante um assalto em Mococa (SP). Ao reagir à investida de dois meliantes na última quinta-feira (15), ele impediu o roubo, baleou os dois criminosos e evitou uma tragédia maior. Um deles morreu; o outro foi preso. Mas o pesadelo não terminou por aí.
No dia seguinte, a família do meliante morto decidiu “fazer justiça” com as próprias mãos e depredou o mercadinho, destruindo também o carro da irmã do comerciante. “Eles detonaram o carro. Ficamos três dias fechados”, lamentou Ana Carolina, esposa de Paulo, rendida durante o assalto. Apesar do medo, decidiram reabrir o comércio com fé e coragem.
O prejuízo foi de R$ 10 mil. A vaquinha on-line aberta pelo casal busca apenas reparar os danos. No Brasil, enquanto o cidadão trabalhador precisa se justificar por se defender, criminosos e seus familiares agem como se fossem vítimas.