O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que não recebeu ordens de seu antecessor, Almir Garnier, para empregar tropas com o objetivo de impedir a posse presidencial. Segundo o site UOL, Olsen prestou depoimento como testemunha na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Durante a oitiva, Olsen respondeu que "não recebi qualquer determinação nesse sentido", ao ser questionado pela defesa de Garnier. Ele também destacou a ausência de uma cerimônia formal de transmissão de cargo, o que considerou inédito. Segundo ele, isso pode ter ocorrido por "foro íntimo". A cerimônia foi, então, conduzida pelo ministro da Defesa, José Múcio.
Ainda segundo o UOL, a convocação do depoimento foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes, que entendeu que Olsen, por ter ocupado cargos de comando no período, poderia contribuir com esclarecimentos. Garnier é acusado de ter sinalizado apoio à permanência de Jair Bolsonaro no cargo, caso fosse assinada uma minuta que previa intervenção no processo eleitoral.