Durante evento no Palácio do Planalto com o presidente de Angola, Lula afirmou que passará a entregar o número de Janja e de seus assessores a outros presidentes. “Como eu não tenho telefone, eu dou o dos meus assessores ou o da Janja”, disse, minimizando a gravidade de um presidente da República depender do celular da esposa para contatos diplomáticos. Segundo ele, negociações que durariam três minutos se arrastam por até 20 dias por causa do protocolo oficial.
Segundo o site Gazeta do Povo, a declaração reforça o espaço cada vez maior que Janja ocupa no governo, embora sem cargo público. Ela já representou o Brasil em eventos internacionais e chegou a ir à Rússia antes da comitiva oficial, a convite do ditador Vladimir Putin. Recentemente, causou constrangimento ao reclamar do TikTok diante de Xi Jinping, o que teria provocado mal-estar diplomático com a China.
Questionada, Janja afirmou: “Não sou um biscuit de porcelana”, alegando ser vítima de machismo. Lula, por sua vez, a defendeu, dizendo que ela “entende mais de digital” do que ele. Mas a exposição crescente da primeira-dama e sua atuação em pautas delicadas têm levantado dúvidas sobre os limites institucionais de sua influência, algo que um país sério deveria tratar com mais responsabilidade.
