Bolsonaro admite ajuda ao filho nos EUA e STF cogita medidas

Declaração sobre apoio financeiro a Eduardo levanta debate jurídico e político sobre limites da atuação familiar

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Bolsonaro admite ajuda ao filho nos EUA e STF cogita medidas
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou publicamente que tem custeado as despesas de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos. Segundo ele, o parlamentar está “sem salário” e atua em diálogos com autoridades estrangeiras em defesa da “liberdade e da democracia”. A fala gerou reação imediata no Supremo Tribunal Federal, que passou a considerar medidas cautelares contra o ex-presidente.

Parte dos recursos, cerca de R$ 8 milhões de um total de R$ 17 milhões arrecadados por doações, teria sido destinada à manutenção de Eduardo no exterior, segundo o ex-ministro Gilson Machado. A Procuradoria-Geral da República solicitou ao STF abertura de inquérito, apontando possível interferência em investigações em curso. O Supremo estuda medidas que podem incluir bloqueio de bens e, em último caso, prisão preventiva.

Aliados do ex-presidente consideram a resposta exagerada, tratando o gesto como um apoio familiar, sem ligação com qualquer tentativa de obstrução. Eduardo Bolsonaro, em entrevista, comparou a situação à de famílias perseguidas em regimes autoritários e reiterou que sua atuação é política, não judicial. O caso expõe a tensão entre as instituições e a família Bolsonaro, num cenário onde ações políticas ganham contornos judiciais.