Uma associação filiou até 1.500 aposentados por hora e impôs descontos diretos na folha de pagamento, sem consentimento. É o que mostra relatório da CGU, revelando a superficialidade dos critérios usados pelo INSS para validar essas operações. O escândalo envolve 29 entidades com atuação duvidosa e práticas ilegais.
As assinaturas digitais, supostamente autorizando os descontos, foram aceitas sem qualquer verificação técnica. “Boa-fé das associações” foi o argumento usado pelo INSS e pela Dataprev, numa demonstração de negligência institucional. A maioria das entidades não apresentou documentos exigidos e, pior, falsificou assinaturas de idosos indefesos.
O presidente do INSS foi demitido. Cinco servidores foram afastados. Mas o estrago está feito: milhares de aposentados lesados e um sistema público mais uma vez entregue à esperteza de oportunistas.
