A suspensão do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) é um claro exemplo de como o atual sistema político tenta silenciar aqueles que se opõem ao governo. Em uma decisão inédita e contestável, o Conselho de Ética da Câmara puniu Gilvan com três meses de afastamento por declarações contundentes contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT). A medida, aprovada sob o rito criado por Arthur Lira, é um passo perigoso para cercear a liberdade de expressão no Parlamento, especialmente quando se trata de críticas ao governo Lula.
O uso do termo "prostituta do caramba" durante uma sessão não deveria ser o centro da discussão, mas sim o cerceamento de uma postura política legítima. Gilvan, um dos poucos que se mantém fiel às ideias de Bolsonaro, se vê agora punido por se manifestar contra um dos pilares do governo petista. A verdadeira intenção por trás dessa decisão não é proteger a moralidade, mas silenciar a oposição, deixando claro que críticas ao governo não são bem-vindas.
Essa decisão só reforça o controle crescente sobre o discurso político no Brasil, com um sistema que não tolera a liberdade de expressão quando ela desafia o status quo. O que vimos foi um ataque a um deputado que se mostrou corajoso ao denunciar práticas que muitos preferem ignorar. O afastamento de Gilvan é um sinal preocupante para a democracia, onde as vozes dissonantes são progressivamente abafadas em nome de uma falsa moralidade.