Durante audiência no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (20), o advogado Paulo Novacki, defensor do ex-ministro Anderson Torres, foi duramente repreendido por Alexandre de Moraes ao insistir em questionamentos sobre a origem da chamada “minuta do golpe”. O documento, apontado como peça central da acusação, foi encontrado na casa de Torres, mas a defesa alegou que ele poderia já circular na internet antes disso.
A tensão aumentou quando o general Freire Gomes, testemunha de acusação, admitiu que não podia afirmar com certeza se o documento apresentado era o mesmo que teria circulado previamente. Apesar disso, Moraes interrompeu a defesa, acusando o advogado de “fazer circo” e vetando a repetição de perguntas, mesmo diante de pontos ainda nebulosos no processo.
A postura do ministro gerou críticas veladas entre juristas pela rigidez com a defesa, enquanto a acusação segue sem ser questionada no mesmo tom. Novacki, apesar das dificuldades, manteve a linha técnica e seguiu questionando com base nos direitos processuais, em busca de esclarecimentos fundamentais para o devido processo legal.