Entrou em vigor nesta sexta-feira (23) o decreto de Lula que eleva o IOF sobre compras internacionais, remessas ao exterior e crédito para empresas. A medida atinge em cheio quem consome, investe ou viaja, revertendo a política do governo anterior, que previa extinguir gradualmente o imposto até 2029. Agora, a alíquota sobre compras com cartão no exterior passa a ser de 3,5%, assim como para remessas, antes tributadas em 1,1%.
Empresas pagarão até 3,95% ao ano em operações de crédito. Para as do Simples Nacional, o salto é de 0,88% para 1,95%. O mesmo vale para compra de moeda estrangeira em espécie, o que afeta diretamente o turismo. O discurso de "isonomia tributária", usado pela Receita, soa cínico diante do aperto fiscal que castiga quem movimenta a economia.
Até planos de previdência privada entraram na mira: aportes mensais acima de R$ 50 mil terão IOF de 5%. A previsão de arrecadar R$ 41 bilhões em 2026 escancara o verdadeiro plano: cobrir rombos com o bolso do contribuinte. Lula empurra a fatura da incompetência para quem trabalha e empreende.
