O desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck, entre Maranhão e Tocantins, escancarou uma grave crise na gestão de recursos públicos. Apesar de repasses federais de R$ 3,6 milhões para sua manutenção, a estrutura ruiu, causando a morte de oito pessoas e deixando nove desaparecidos. A tragédia reflete falhas alarmantes no gerenciamento e fiscalização de contratos, comprometendo vidas e recursos dos cidadãos.
A Matera Engenharia, empresa responsável pela conservação da ponte, já era alvo de sanções por irregularidades em outro contrato no Tocantins, no valor de R$ 4,4 milhões. A penalidade, aplicada pelo Dnit, proibiu novos contratos até 2025, mas surpreendentemente, não impactou o acordo vigente para a manutenção da ponte. O episódio levanta questionamentos sobre a fiscalização do órgão e a eficiência na aplicação da Lei do Pregão.
Esse desastre vai além de um simples colapso estrutural: representa um colapso de gestão. A incapacidade de garantir a integridade de obras públicas com recursos já destinados não pode ser tolerada. A sociedade exige respostas rápidas e responsáveis, com prioridade à proteção de vidas e à correta aplicação do dinheiro público.