Em entrevista à rádio Clube do Pará, Lula afirmou que sua saúde será decisiva para disputar a reeleição em 2026. Curiosamente, declarou que "não pode mentir para ninguém nem para si mesmo", um discurso difícil de sustentar diante de seu histórico. O presidente, que já deu inúmeras declarações contraditórias ao longo da carreira, agora tenta vender a ideia de que sua possível candidatura dependerá exclusivamente de sua condição física.
Além da questão eleitoral, Lula voltou a atacar a "desinformação", afirmando que quer "destruir a mentira". A ironia é evidente, considerando que seu próprio governo tem sido alvo de críticas por manipular dados e narrativas para sustentar sua popularidade. Enquanto isso, a realidade se impõe: inflação dos alimentos, aumento de impostos e um país cada vez mais insatisfeito com a gestão. A preocupação do presidente, ao que tudo indica, é mais com sua imagem do que com os problemas da população.
O discurso de que o segundo ano de mandato traz cobranças também soa como desculpa antecipada para a falta de entregas. Lula tenta justificar a inércia com explicações vagas sobre orçamento e expectativas, mas o que se vê é um governo atolado em promessas não cumpridas. A dúvida não é se ele terá saúde para 2026, mas se terá apoio popular diante de uma administração que coleciona fracassos.
