David Gamble, coordenador de sanções do Departamento de Estado dos EUA, desembarcou no Brasil para discutir medidas contra o ministro Alexandre de Moraes e outras figuras do Judiciário. Apesar do silêncio diplomático da embaixada, nos bastidores a pressão cresce. O enviado norte-americano tem encontros agendados com o governo federal, além de reuniões com Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro.
A movimentação ocorre em meio a críticas abertas de Elon Musk e outros membros do alto escalão americano sobre a censura imposta por Moraes nas redes sociais, especialmente no X (ex-Twitter). Enquanto ministros do STF se apressam em manifestar apoio ao colega, a visita de Gamble representa um recado direto da política externa dos EUA, sob influência crescente do governo Trump, que vê o Brasil como peça-chave em disputas globais.
Nos bastidores, é consenso que a atuação do STF especialmente de Moraes — tem gerado desconforto entre aliados históricos. Embora as possíveis sanções não sejam públicas, fontes ligadas à diplomacia americana sinalizam que indivíduos podem ser alvos, mesmo que o Brasil ainda mantenha relações formais estáveis com os EUA. O Judiciário, no entanto, já começa a sentir o peso de suas decisões fora das fronteiras nacionais.