O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, fez uma grave denúncia nesta quarta-feira: o Hamas estaria desviando a ajuda humanitária destinada à população de Gaza. Segundo ele, o problema não está na quantidade de ajuda enviada, mas no fato de que "o Hamas sequestra, rouba e vende os recursos para alimentar sua máquina de terror, enquanto os civis sofrem". Essas palavras destacam o uso perverso de recursos que deveriam ser destinados aos mais vulneráveis, mas acabam fortalecendo grupos extremistas.
A pressão internacional para que Israel melhore a distribuição de recursos em Gaza é crescente. Antony Blinken e Lloyd Austin, secretários americanos, alertaram o governo israelense sobre possíveis impactos no fornecimento de armas se mudanças não ocorrerem em 30 dias. Contudo, Israel afirmou estar "analisando cuidadosamente" a carta, destacando a seriedade das preocupações dos EUA, mas sem deixar de lado suas prioridades de segurança.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, reforçou o pedido por mais esforços para permitir a entrada de ajuda no norte de Gaza, que enfrenta escassez de alimentos há semanas. A questão humanitária coloca em evidência a complexidade das tensões geopolíticas na região, onde interesses de segurança e necessidades humanitárias colidem frequentemente.