A renúncia de Bashar al-Assad neste sábado (7) encerra mais de duas décadas de uma dinastia marcada por guerras e crises humanitárias na Síria. Assad deixou o país após uma ofensiva-relâmpago conduzida por forças rebeldes, culminando na queda de Damasco. A Rússia e o Irã, pilares históricos do regime, não conseguiram conter o avanço opositor, fragilizados por seus próprios desafios, como a guerra na Ucrânia e tensões com Israel.
Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, responsabilizou diretamente os aliados de Assad. Segundo Trump, a Rússia, desgastada por pesadas perdas militares e uma economia em declínio, e o Irã, enfraquecido por conflitos regionais, foram incapazes de sustentar o regime sírio. “Assad se foi. Ele fugiu de seu país”, escreveu Trump em sua rede social, apontando que a queda reflete o impacto de prioridades mal calculadas por Moscou e Teerã.
A saída de Assad simboliza o desmoronamento de um governo autocrático que mergulhou a Síria em mais de uma década de guerra civil, deixando milhões de refugiados e milhares de mortos. Agora, a incerteza sobre o futuro político da região e as consequências de alianças fragilizadas traz à tona reflexões sobre a necessidade de lideranças sólidas e estratégias consistentes em tempos de instabilidade global.